Estava
tudo pronto para meu primeiro dia de aula. Minha mochila tinha tudo do qual
iria precisar, meu caderno, minha garrafa d’água – Não queria ficar pedindo
para ir ao banheiro toda hora e correr o risco da turma toda ficar me
encarando. – meu estojo de canetas esquisito frutacor, meu fone de ouvido e
minha agenda. Uma agenda era essencial para mim, mesmo meu celular com
esta função, preferia marcar meus compromissos à moda antiga. Tudo isso era o
suficiente, parece pouca coisa, mas no primeiro dia de aula são distribuídos os
livros didáticos que usaríamos durante o ano todo. Minha sorte era de que
morava do outro lado da rua. Levar todo esse peso não seria nada fácil.
Ainda
era 20h, o Domingo passou rápido. Minha madrinha veio nos visitar, o nome dela
era Soraia. Ela era uma mulher muito culta, falava muito bem e era militante
feminista de carteirinha, como ela mesma diz "totalmente desconstruída". Às vezes
tinha a impressão que por causa disso, nenhum homem prestava para ela. Concordo
que a mulher não pode ser submissa ao homem e precisa ter seus direitos e
liberdades individuais respeitados. Mas as ideias dela sobre relacionamentos eram muito
pessimistas para o meu gosto, necessariamente o casamento era uma prisão e o
relacionamento um tormento.
Li uma vez em um
site de relacionamento uma matéria que tratava desse assunto, a matéria trazia
o dilema de ser feminista e se relacionar com os homens, segundo a matéria, em
um relacionamento hétero, a ideia de que há uma submissão meio que
pré-existente já está implícita desde o início. Além disso, a grande questão é
que as mulheres desconstruídas, ao assumirem a posição de um relacionamento com
homens, ou abrem mão de algo pelo qual defendem ao longo do relacionamento, ou
precisam estar preparadas para passar o “rodo da desconstrução”
diariamente. Seria nada mais e nada menos do que todos os dias você ir, pegar
na mão do seu companheiro e desconstruí-lo pouco a pouco, uma porcentagem de
cada vez, sabendo que aquela água que você está puxando com o rodo pode muito
bem voltar e você terá que começar novamente, e as mulheres ao assumirem uma
posição como essa em seus relacionamentos precisam estar dispostas não somente
a se relacionar com um outro ser, mas ajudá-lo a compreender coisas simples
como “não é dessa forma que as coisas devem ser feitas”, “essa atitude é
abusiva”, “ao falar dessa forma você está ofendendo uma mulher”.
Eu concordo com
muita coisa no qual a matéria tratava, mas acredito que o verdadeiro amor é algo
que te faz pensar no bem estar do outro. Pode ser uma visão romântica minha
sobre a vida, mas sei de histórias de tantos relacionamentos que duram décadas
ou até a morte. Para algo durar assim, muita cumplicidade e entendimento
existe. Muitas vezes nós é que plantamos a semente da discórdia e da
desconfiança nas nossas vidas. Lembro-me de uma palavra que o padre na ocasião
da missa de 7º dia do meu irmão disse:
“O amor é sofredor, é benigno; o amor
não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta...”
1 Coríntios 13:4-7
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta...”
1 Coríntios 13:4-7
O amor verdadeiro e
puro não trás todas essas problematizações. Mas há algo que minha mãe sempre
falou no qual concordo, muitas vezes nós só compreendemos algo quando vivemos
na pele.
Minha mãe me contou
que quando descobriu que meu irmão nasceria com Síndrome de Down durante o
pré-natal, foi um verdadeiro impacto para ela. Ela trazia uma bagagem de
preconceito da vida que era muito grande, pensou em abortar, pensou em
abandonar meu irmão em um orfanato. Depois de muito questionar se deveria
prosseguir ou não com a gravidez, ela decidiu tê-lo. Com o passar do tempo, o
amor pelo meu irmão cresceu de um modo no qual a fez sentir um remorso enorme
dos pensamentos que teve durante a gravidez. Através do meu irmão ela passou a
entender que ser mãe de alguém tão especial, era uma benção transformadora, no
qual a vida deu a oportunidade para que ela experimentasse e não um castigo.
Ele se foi, mas todo
amor que ele deixou ficou. E esse amor foi capaz de mudar todo conceito que
minha mãe tinha sobre pessoas com necessidades especiais. Ela precisou ter essa
experiência de vida para aprender e entender. Hoje ela três vezes por mês, vai
a uma instituição que cuida de pessoas com Síndrome de Down e oferece seus
conhecimentos e experiência de vida de forma voluntária para outras mães de
primeira viagem que hoje estão na mesma situação que ela esteve um dia. Muitas
vezes eu a acompanho e me faz muito bem. Pensando em tudo isso, acredito que o
que falta para minha madrinha é isso, viver um grande amor, somente ela vivenciando uma experiência assim ela poderá mudar de opinião.
Já passava das 22h e
o sono pesando os olhos, precisava dormir. O dia seguinte me reservava fortes
emoções. Geralmente em outras escolas o pessoal volta às aulas uma semana
depois, a chamada “Esticadinha das Férias” devido ao feriado de Carnaval. Mas
segundo minha mãe, no Cleóbulo ter quatro faltas já te credencia
automaticamente a ter que fazer um trabalho de compensação, e sem compensar as
faltas não é aprovado, portanto, ninguém queria correr o risco de passar as
próximas férias fazendo trabalho de escola e de repetir um ano.
Coloquei meu celular
para despertar às 06h da manhã, o horário de entrada era as 07h com tolerância
de 10 minutos, seria mais do que suficiente para me arrumar e atravessar a
Avenida. Enquanto regulava o alarme, uma notificação da Gabi no Whats’s App aparece.
Gabi / Pocahontas:
Amiga, já separei meu look pra amanhã.
Tomara que tenha alguns gatinhos né?
Não sei se a Gabi
estava indo para a escola ou para uma balada. Fui obrigada a fazer o papel de
amiga chata e alertar.
Amiga, você não acha que é muito
glamour para ir para a escola não?
Você leu a seção que trata sobre as
vestimentas na sua ficha de matricula?
Era bom você ler...
Gabi / Pocahontas:
Taaaaaaa! Vou ler sua estraga prazeres!
¬¬
Mesmo eu a
contrariando, ela me agradeceria no futuro.
A ansiedade estava
me deixando sem sono. Resolvi tentar ler algo até que o sono viesse. Ainda
faltava muito para terminar de ler “Fallen”, e pensar que só era o primeiro
livro de uma saga de mais quatro volumes. O habito de ler antes de dormir me
proporcionava sonhos maravilhosos. Acordar para ir para a escola depois de
sonhar beijando o Jeremy Irvine iria me fazer ter um dia realmente proveitoso. Comecei a ler e depois de pouco tempo o sono chegou, era hora de dormir, meus olhos pesavam.
Quando abri os olhos novamente já era 06h horas e o
despertador tocava ao som de “Marry you”
do Bruno Mars, nada melhor do que acordar logo de manhã com uma musica de um
cara que esta pedindo a mão da namorada em casamento. Se não fosse minha
madrinha a me falar do que se tratava a musica, eu nunca saberia. São as
famosas aleatoriedades de alguém que não sabe inglês como eu.
Depois de meu
celular despertar pela terceira vez, levantei. Da janela dava para ver o céu de
um completo azul, seria um dia ensolarado. Minha mãe já havia deixado a
cafeteira pronta, já tinha água e pó de café colocado, meu trabalho era só apertar
o botão.
Enquanto arrumava a mesa do café da manhã, enfim minha Mãe aparece.
-Nossa, que milagre!
Não precisei nem te acordar né? – Disse em tom debochado.
- Milagre por que,
esqueceu que meu celular tem despertador? – Respondi.
- É mesmo, tinha me
esquecido desse detalhe. – e continuou... – As meninas vão encontrar com você
na porta da escola que horas? – Perguntou ela.
- Umas 06h50, as
turmas nos quais iremos pertencer serão definidas na hora da entrada, estou
torcendo para ficar junto com elas. Pelo que a Gabi me falou eles também vão
entregar as chaves dos armários. – Respondi.
Sabia que geralmente o primeiro
dia de aula é meio que perdido. Tem apresentações dos professores e toda a
burocracia de inicio das aulas.
- E os livros que
vocês vão utilizar?
- A Gabi disse que
já vão estar dentro dos armários, os nossos nomes já estarão neles. – Respondi.
Nisso eu lembrei que foi meio inútil a minha preocupação de trazer um monte de
livro na mochila outro dia. Com o armário eu poderia deixar na escola, até meus
cadernos poderiam ficar lá.
- Essa escola é
organizada mesmo, gostei! – comemorou ela.
-Mãe vou me trocar,
já são 06h35.
-Vai, vou deixar
R$20 na sua bolsa para você comer um lanche na cantina. Já estou indo
trabalhar, nos vemos mais tarde. –
Informou. Não pretendia ficar comendo lanche da cantina, eu estava em forma e
não queria estragar meus meses de Academia.
- Obrigada Mãe, te
amo. – Respondi com um beijo no rosto. Da janela do meu quarto já conseguia ver
alguns alunos aguardando na calçada a abertura dos portões. Tinha que me
apressar, não queria chegar atrasada no primeiro dia.
Quando cheguei à
frente da escola, o portão ainda estava fechado. Para não ficar parada ali
atravessei a rua e sentei na mureta do Conjunto Residencial que se localizava
logo em frente à Escola. Já estava lotado de gente, muito barulho. Todo mundo
tinha algo para falar sobre as férias, e querendo ou não para muitos deles ali
era o momento de reencontrar os amigos.
Quando faltavam
cinco minutos para abrir o portão a Gabi e a Priscila chegaram. Conforme elas
se aproximavam os olhares masculinos a seguiam com interesse.
- Oi amiga!
Preparada para o primeiro dia de aula? Estou vendo que aqui o que não vai
faltar é gato. Quem sabe você não desencalha! – Disse animada.
- Gabi meu objetivo
aqui é estudar, não inventa. Estou ótima sozinha. E outra, não sou Baleia para
desencalhar! – Respondi bufando. A Priscila logo se manifestou para apoiar o
que a Gabi dizia.
- Bia estamos em uma
nova escola, novos ares e gente nova. Não se feche para as possibilidades
amiga! A Gabi esta certa! – Disse ela. A Priscila do contrário da Gabi estava
mais comportada. Estava utilizando calça jeans e uma blusinha branca com
estampa.
- Tudo bem, fazer o
que. Vocês não tomam jeito mesmo né?
Depois que o portão
abriu o pessoal começou a subir as escadas em direção às salas de aula. Na
parede que ficava logo em frente da escadaria havia um mural, nele havia um
aviso informando que os alunos novos deveriam se dirigir até a secretaria.
Somente os que já eram alunos no ano anterior poderiam se dirigir as salas. Por
exemplo, quem era da turma 1M5 automaticamente seria do 2M5, A letra “M”
significava Manhã. Então, eu e as meninas nos dirigimos para a Secretaria. Ter
que ir na Secretaria primeiro não me agradou muito, eu iria chegar na sala de
aula atrasada, todo mundo assim que eu entrasse iria olhar para minha cara.
Chegando ao balcão
uma mulher de cabelos loiros que aparentava ter uns quarenta anos realizava o
atendimento. Atrás dela deu para ver a sala onde ficava a secretaria, era uma
sala pequena; tinha alguns vasos de plantas, um relógio de parede - daqueles de
lojas de móveis que as pessoas ganham de brinde. Havia também uma parede cheia
de armários daqueles de arquivos e três mesas atrás do balcão, uma delas era
ocupada por outra mulher, ela tinha o cabelo castanho encaracolado e usava
óculos. As duas vestiam uma camisa com o emblema da escola, eram as letras C.A.D
dentro de um circulo e por fora outro circulo contornando com o nome da escola
completo em azul. O mesmo logotipo que veio na ficha de matricula.
A Loira olhou para
mim.
- Posso Ajudá-la?
- Meu Nome é Beatriz
Andrade – Informei-lhe.
- Ok, aguarde um
momento – disse ela. E cavucou uma pilha instável de documentos na mesa até
encontrar o que procurava. – Sua turma é a 2M3, aqui estão as chaves do seu
armário, nele já estão seus livros didáticos, esses são seus horários de aula com
o numero das salas. Avisei a Gabi e a Priscila que iria me adiantar e ir até os
armários.
Quando estava
subindo as escadas em direção ao segundo andar onde se localizavam os armários,
um garoto magricela de origem oriental parou para falar comigo.
- Você é nova aqui,
não é? - perguntou ele.
- Sim, eu vim do
Francisco Meira na Zona Noroeste, me mudei recentemente para os prédios da
Cohab.
- Qual sua turma?
Tive que olhar o
papel que a moça da secretaria me deu.
- Hmmm, 2M3 e minha
primeira aula é de Português com a professora Maria Rivonete.
Quando olhei para os
armários, havia vários olhos curiosos.
- Então seremos
colegas de classe, eu também sou do 2M3 – Sem dúvida uma super coincidência –
Meu nome é Tae – acrescentou ele.
Eu sorri, insegura.
- Obrigada.
- Tae é um nome
coreano né? – perguntei.
- Sim, significa
“Aquele que é uma ótima pessoa”. Minha mãe é Coreana. – Respondeu ele. Eu
estava impressionada que um descendente de Coreanos estudava na mesma escola
que eu e ainda por cima foi a primeira pessoa com que eu falei.
- Nossa que
coincidência, eu amo cultura coreana e ai eu chego aqui e logo você vem falar
comigo.
-Que bom, então é
sinal que vamos nos dar muito bem. Vamos subir a aula deve já ter começado. –
informou apertando o passo.
Enquanto nos
dirigíamos para a sala de aula, recebi uma mensagem da Priscila e da Gabi.
Parece que adivinharam que éramos amigas, ficamos separadas uma das outras. A
Gabi ficou no 2M5 e a Priscila no 2M2. Confesso que fiquei feliz com a noticia,
nós já iríamos ficar juntas na hora do intervalo. Pelo menos na sala de aula eu
poderia focar nos estudos e evitar chamar atenção para mim, a Gabi e a Priscila
não me deixariam passar despercebida.
Quando chegamos à
sala de aula a professora estava apresentando o cronograma do semestre. Ela nos
viu na porta e pediu para que entrássemos. Sentei na segunda cadeira da fileira
encostada na parede da janela e o Tae sentou logo a minha frente. Percebi todos
os olhos novamente voltados para mim, fiquei morta de vergonha. Assim que ele sentamos
a professora nos chamou.
- Vejo que temos
carinha nova aqui, por favor, apresente-se para seus colegas. – Queria me
enfiar em um buraco e ficar ali até a volta de Cristo.
- É necessário mesmo
professora, tenho vergonha. – disse sussurrando.
- Claro que sim – e
continuou... – levante-se. Disse ela. Atrás de mim, mais precisamente dos
fundos da Sala escutava os gritos dos garotos.
-Vai lá gatinha, a
gente quer te conhecer! Seja bem vinda. – Disse um deles aos risos.
Como era inútil eu
protestar, levantei e me dirigi à frente. Enquanto isso ouvia assobios.
- Bom dia, Meu nome
é Beatriz, tenho 18 anos e vim do Francisco Meira, me mudei faz pouco tempo. –
disse. Tentei ser o mais breve e objetiva possível. Já estava constrangida
demais.
Logo depois que me
apresentei, a professora continuou explicando o cronograma do Semestre.
Estudaríamos o Arcadismo, Romantismo em Portugal e grandes autores de fases
românticas da literatura. Eu gostava de ler, mas os livros de autores do século XIX eram bem densos. Era necessária força de vontade para não dormir na terceira
pagina.
Depois das aulas de
Português, chegou a hora do intervalo. Um sinal que parecia uma ambulância tocou.
Queria descer até a Biblioteca para conferir o acervo. Mandei mensagem para as
meninas avisando, mas elas não quiseram me acompanhar. Então o Tae me
acompanhou. Ele tinha livros que estavam com ele desde o ano passado,
provavelmente teria uma punição por devolver atrasado, pelo menos um mês sem
poder pegar qualquer livro da biblioteca.
Conforme eu ia me
aproximando da biblioteca comecei a identificar um som de violão. Estava baixo,
mas conseguia escutar os acordes perfeitamente.
- Você esta ouvindo
esse som de violão Tae?
- Sim estou, deve
estar vindo da sala de musica, fica la para frente no fim do corredor. –
Respondeu ele.
- Mas hoje tem aula
de Musica? – questionei.
-Que eu saiba a sala
de musica só fica liberada na semana que vem. – respondeu ele.
Tentei não ligar
para o som que escutava. Mas algo me atraia para saber quem estava tocando, era
uma melodia linda e ao mesmo tempo melancólica.
-Tae me espera aqui,
eu fiquei curiosa. Quero saber quem é que esta tocando.
- Tudo bem, não
demora muito. Eu preciso entregar os livros, tem algumas pessoas na minha
frente devo gastar a hora do intervalo toda pra fazer isso. – reclamou ele.
Depois que me
despedi do Tae, caminhei em direção à sala de musica. Conforme me aproximava, o
som ficava mais alto e nítido. Quando cheguei à porta, estava aberta somente
uma fresta. Aproximei-me silenciosamente e vi a silhueta de um homem de costas.
Estava sentado na beirada do palco virado para a janela, cabeça baixa. Os
cabelos eram de um ruivo intenso, cintilavam com a luz do Sol que adentrava pela
janela.
Percebendo minha
presença ele olhou para trás, fiquei totalmente imóvel, totalmente inerte e hipnotizada,
os olhos dele eram azuis e olhavam diretamente para dentro de mim. O rosto dele
era absurdamente lindo, seus olhos semicerrados me fitavam com estranheza de
cima abaixo junto de um leve sorriso no canto dos lábios.
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OBSERVAÇÃO: Como ainda o livro está em processo de escrita, o texto acima pode ser alterado, sempre que isto acontecer deixarei sinalizado. O texto ainda não foi revisado por um profissional especializado, o que estou postando aqui é o manuscrito. Aceito sugestões e criticas, são muito bem vindas.
Os Capítulos serão postados Semanalmente, caso ocorra algum imprevisto eu aviso nos perfis oficiais.
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